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27 de março de 2007

Novidades

Muita coisa aconteceu nessas duas semanas que não enviei um só post para cá.

Participei do SAP Fórum em São Paulo, onde vi as "últimas" novidades do que se está desenvolvendo em termos de ERP/CRM comercial: a comunidade SAP "descobriu" as facilidades das interfaces web (aleluia!), com SAP Netweaver.

Obviamente não é necessário comprar o Netweaver para fazer uma interface web com o SAP; já existem conectores para diversas linguagens, incluindo Ruby, .Net, e Java. Cheguei a assistir uma palestra de uma empresa chamada Matec que criou todo um sistema de interface com o SAP usando plataforma .Net. Excelente!

E na última semana, resolvi me auxiliar no desenvolvimento da distribuição linux Frugalware. Tive uma calorosa acolhida, e a equipe parece ter a mente aberta para mudanças e novas idéias. Muito bom! Nada como trabalhar com algo que se gosta em um ambiente agradável.

Uma curiosidade: eu não vi o uso de notações húngaras no código-fonte do setup de instalação da distro, apesar de boa parte dos desenvolvedores ser húngara. Nem tudo é perfeito. Rsrs!

7 de março de 2007

Java e o povo brasileiro

No outro dia eu estava conversando com um colega de trabalho a respeito de porque o Java se tornou tão popular no Brasil, chegando esse a ter uma, senão a, maior comunidade Java do planeta.

Ora, se há algo que brasileiro gosta de fazer é mudar o que vem padronizado para algo que atenda aos seus interesses ou gostos. Um exemplo disso são os fast foods (Mc Donald's, Bob's, etc). Somente no Brasil (até bem pouco tempo atrás) se podia pedir um número 1 com mais ou menos queijo, e com suco de laranja e nuggets, ao invés de refrigerante e batatas fritas.

Outro exemplo claro de como o brasileiro gosta de "personalizar" é o SAP. Em nenhum outro país do mundo se criou tantas extensões (melhorias ou user exits) para os programas do SAP como se faz no Brasil.

Caso ainda não tenha feito a relação, raciocine comigo. O Java traz em si, desde a primeira versão, um quê de "faça você mesmo", fora ser livre, e, atualmente, código aberto. Ou seja, tudo o que um brasileiro gosta de ouvir: Java é pra personalizar.

Hoje em dia, obviamente, já existem diversas outras linguagens que oferecem as mesmas características, mas nenhuma tão sólida quanto o Java. Sólida no sentido de documentada (livros, manuais, referência, etc), com amplo suporte, e estável, tanto no que se refere ao funcionamento, quanto a mudanças.

Obviamente, não foi só isso, a Sun fez um excelente trabalho de marketing, e aproveitou o tempo certo. Falando nisso, acredito ser esse o momento certo de se investir em marketing no Linux, agora que o Windows Vista está se mostrando um sistema operacional não viável.

Quem sabe um dia essa idéia ganha maturidade...

12 de dezembro de 2006

Indo audaciosamente onde nenhum programador jamais esteve

A pouco tempo tive a oportunidade de assistir um dos episódios de Star Trek New Generation, especificamente o episódio final da segunda temporada. Neste episódio os tripulantes da Enterprise encontram uma nave do final do século vinte com 3 tripulantes conservados em animação suspensa. Eles resolvem reanimar os tripulantes, um deles é um roqueiro, outra é uma dona de casa e o ultimo um homem que foi rico e poderoso. Este ultimo exige ser tratado com mais respeito, por ser rico, exige entrar em contato com o banco, empresas que era dono, etc...

Neste ponto o capitão Picard explica que no futuro as pessoas não se importam mais com bens materiais, que as pessoas apenas tentam serem seres humanos melhores, como pode ser visto no diálogo:

Picard - Muito se mudou nos últimos 300 anos. As pessoas já não estão mais obcecadas com a acumulação de coisas. Eliminamos a fome, a miséria, a necessidade de posses. Deixamos atrás nossa infância.

Sr. Offenhouse - Não entendeu. Não se trata de posses. Trata-se de poder.

Picard - Poder para fazer que?

Sr. Offenhouse - Controlar sua vida, seu destino.

Picard - Essa classe de controle é uma ilusão.

Sr. Offenhouse - Que vou fazer? Como viverei?

.....

Picard - Estamos no século XXIV. Já não existem as necessidades materiais.

Sr. Offenhouse - Então, onde está o desafio?

Picard - O desafio, Sr. Offenhouse, é melhorar a si mesmo. Enriquecer-se.

Ver este episódio me fez refletir sobre o atual cenário que nos encontramos. Seguindo a linha do opensource temos que um desenvolvedor cria um software e o deixa disponível para que a comunidade participe do desenvolvimento do mesmo corrigindo erros e o melhorando ainda mais. Em sua grande maioria os softwares opensource são gratuitos, ou seja ninguém tem que pagar nada para usá-lo e quem lucra realmente é a comunidade como um todo. E todos os softwares (salvo raras excessões) tem como objetivo tornar mais fácil a vida do ser humano.

Cheguei a conclusão que o software opensource pode ser um dos fatores que nos permitirá chegar em um futuro semelhante ao proposto pela serie Star Trek, onde o ser humano não tem como objetivo os ganhos materiais, apenas almejar melhorar a si mesmo.