7 de março de 2007

Java e o povo brasileiro

No outro dia eu estava conversando com um colega de trabalho a respeito de porque o Java se tornou tão popular no Brasil, chegando esse a ter uma, senão a, maior comunidade Java do planeta.

Ora, se há algo que brasileiro gosta de fazer é mudar o que vem padronizado para algo que atenda aos seus interesses ou gostos. Um exemplo disso são os fast foods (Mc Donald's, Bob's, etc). Somente no Brasil (até bem pouco tempo atrás) se podia pedir um número 1 com mais ou menos queijo, e com suco de laranja e nuggets, ao invés de refrigerante e batatas fritas.

Outro exemplo claro de como o brasileiro gosta de "personalizar" é o SAP. Em nenhum outro país do mundo se criou tantas extensões (melhorias ou user exits) para os programas do SAP como se faz no Brasil.

Caso ainda não tenha feito a relação, raciocine comigo. O Java traz em si, desde a primeira versão, um quê de "faça você mesmo", fora ser livre, e, atualmente, código aberto. Ou seja, tudo o que um brasileiro gosta de ouvir: Java é pra personalizar.

Hoje em dia, obviamente, já existem diversas outras linguagens que oferecem as mesmas características, mas nenhuma tão sólida quanto o Java. Sólida no sentido de documentada (livros, manuais, referência, etc), com amplo suporte, e estável, tanto no que se refere ao funcionamento, quanto a mudanças.

Obviamente, não foi só isso, a Sun fez um excelente trabalho de marketing, e aproveitou o tempo certo. Falando nisso, acredito ser esse o momento certo de se investir em marketing no Linux, agora que o Windows Vista está se mostrando um sistema operacional não viável.

Quem sabe um dia essa idéia ganha maturidade...

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